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Exposição de Homenagem à Cadeira Portuguesa - Inauguração 05 de outubro 2016 | LXD, Lisboa


Cadeiras metamorfoseadas por criativos nacionais prestam homenagem à Cadeira Portuguesa numa exposição que, a partir de dia 5 de outubro, se apresenta na LXD, em Lisboa.

Desafiados pela Dimensão Nova, com o apoio Adico, vários criativos portugueses, independentemente da sua formação, prestam homenagem à cadeira de esplanada tipicamente portuguesa.

Dirigida pelo arquiteto Nuno Ladeiro, a mostra – que conta com o apoio da Domus Academy – arquitetos e designers como Nini Andrade da Silva, Cristina santos Silva, Fernando Hipólito, Fernando Moreira da Silva, Jorge Silva, Helena Ladeiro, entre muitos outros, apresentam novas ideias para a emblemática cadeira, dando-lhe uma nova vida, se possível ainda mais portuguesa.

No âmbito da exposição, com o apoio da prestigiada marca alemã de copos de cerveja Ritzenhoff, os autores apresentam também ideias para ilustrar copos de cerveja, numa relação que habitualmente existe entre a cadeira e ao ato de beber cerveja numa esplanada.

No dia 5 de Outubro pelas 17 horas a Domus Academy organiza um colóquio que contará com a presença de nomes importantes do design português e em que será atribuído um prémio ao melhor trabalho de ilustração para o copo de cerveja Ritzenhoff. A atribuição do prémio contará com a presença dos responsáveis da marca.

Para ver de 05 de outubro a 09 de outubro de 2016

Sobre a Cadeira Portuguesa | É uma das mais características cadeiras das esplanadas portuguesas. Desde sempre, intelectuais, artistas e cidadãos comuns trocam opiniões e convivem nas esplanadas. Os turistas, por sua vez, procuram pontos de interesse e encontram nas esplanadas portuguesas e, em particular, nos cafés lisboetas o ambiente tipicamente lusitano. As primeiras cadeiras terão surgido em Lisboa nos anos 30 e 40 do século XX.

Influenciada provavelmente pela escola alemã Bauhaus, mas também pelas cadeiras de tubo de aço curvado de alguns dos pioneiros do design, como Marcel Breuer, Mies van der Rohe e Mart Stam editadas pela Thonet, a fábrica Adico, uma das maiores empresas de mobiliário metálico europeu, desde os anos 30 até aos dias de hoje, produz a cadeira. Como exemplo, temos as capas dos catálogos desenvolvidas por pintores de renome da época.

Com 95 anos de existência, exporta a Cadeira Portuguesa para países tão longínquos como os do norte da Europa, Estados Unidos e Austrália, entre outros. A Cadeira Portuguesa é parte de uma vasta coleção de clássicos que fizeram história na Adico ao longo dos anos e nunca perderam a dinâmica dos novos tempos, pois souberam acompanhar a evolução do mercado e estar na moda.

Autor:Nini Andrade Silva

Título da obra:

Nini Andrade Silva, diversas vezes distinguida com prémios de elevada reputação mundial, prestou homenagem à cadeira portuguesa imprimindo a sua imagem de marca numa assinatura de design depurado e estética crua, em contraste marcante em tons de preto e branco.

“Associo sempre o meu trabalho ao meu imaginário, reinventando o seu olhar e

transpondo um pouco de mim em cada obra/peça. Nesta obra, esse olhar recai

num um traço ou linha, rasgo ou caminho que marca inequivocamente toda a

minha obra, únindo-a num fio condutor ténue e sóbrio"

Intituladas "Garouta do Calhau", as duas cadeiras são uma homenagem às crianças

desfavorecidas da Ilha da Madeira (de onde é natural Nini Andrade Silva) e que, antigamente

eram apelidadas de Garoutos do Calhau pelo facto de percorrerem as praias de calhaus

rolados do Funchal, em busca de moedas atiradas pelos turistas que chegavam ao cais em

navios, como recompensa pela destreza dos seus mergulhos.

Nini Andrade Silva emprestou a sua imagem de marca à Associação de Desenvolvimento Comunitário do Funchal - Garouta do Calhau, Instituição Particular de Solidariedade Social, que nasceu da necessidade de responder a situações problemáticas subjacentes à existência de grupos sociais vulneráveis e que dinamiza seis centros comunitários inseridos em bairros sociais do Funchal.

Autor: Fernando Hipólito

Título da obra: Cadeira Word Chair

“As obras de arte têm dois modos de existência, que são a imanência e a transcendência. A imanência é definida pelo tipo do objecto em que a obra consiste, e distribui-se em dois regimes (…): o autobiográfico e o alográfico. No primeiro, o objecto de imanência (um quadro, uma escultura, uma performance) é material e manifesta-se a ele mesmo. No segundo, esse objecto (um texto literário, uma composição musical, a planta de um edifício) é ideal, concebido por redução a partir das suas manifestações físicas: livros, partituras, execuções. A transcendência é definida pelas diversas maneiras como uma obra transborda a sua imanência (…)”

Gérard Genette

L`Oeuvre

Autor: Nuno Ladeiro

Título da obra: Redesign Cadeira Portuguesa

O redesign da Cadeira Portuguesa inspira-se na estrutura original de tubo de aço curvado da cadeira portuguesa e na famosa “plastic chair” de Charles & Ray Eames de 1950 mas, com uma tecnologia inovadora, integralmente em polipropileno de injeção assistida por gás (Azoto).

No molde é introduzida uma agulha que se posiciona no interior do polímero ainda quente. O polímero em contacto com a parede do molde vai solidificando e o gás consegue “empurrar” apenas o material quente que ainda se encontra num estado pastoso no centro da cavidade, de modo a completar a restante área de enchimento do molde. A pressão do gás no interior da cavidade força o polímero contra a parede interior do molde e, tendo a mesma pressão em todos os pontos, resulta no recalque exato da superfície interior do molde (cavidade). A contração do polímero provocada pelo processo de solidificação é compensada pelo gás, eliminando imperfeições e diminuindo o tempo de arrefecimento. Assim, o tubo de polipropileno será também curvado e o encosto ligeiramente reclinado a terminar no assento conforme a original mas muitíssimo mais leve.

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